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Transgressões ao currículo acadêmico: o lugar de fala na ciência

por Giovana Xavier 

 

 


Um dos maiores problemas explicitados nas narrativas estudantis é a falta de identificação entre o que se lê na universidade e o que se vive dentro e fora dela. Para transgredir a lógica naturalizada de afastamento entre ciência e subjetividade, tenho desenvolvido metodologias de trabalho para a disciplina que primem por estimular leituras, reflexões e debates que partam do reconhecimento de que os saberes que produzimos são derivados de quem somos. Tais métodos levam em conta tanto o compromisso com a produção de conteúdo qualificado quanto o estímulo de leituras para além do tempo da aula assim como o engajamento com formas de fazer ciência que acolham a diversidade de histórias e experiências que habitam a universidade. Tendo como eixo o binômio população negra: genocídio x renascimento, adotamos o livro O ódio que você semeia, de Angie Thomas, por meio do qual realizamos atividades e discussões que colocaram os conteúdos do livro em dialogo com a bibliografia do curso. Os resultados podem ser acompanhados nos diários de bordo.

2017.2: O ódio que você semeia na primeira pessoa, por Nathalia Braga

 

 

Além do envolvimento de toda a turma, em termos de registro individual, tivemos como desdobramento a produção de 5 textos nos quais a estudante de Jornalismo (Comunicação Social) Nathalia Braga, monitora da disciplina, narra suas impressões como leitora da obra e participante dos debates em sala. A produção desses escritos insere-se no plano de trabalho destinado à bolsista. Seus escritos são registros na primeira pessoa que mostram a importância da valorização da escrita e da leitura na formação assim como a relevância de ter as histórias produzidas por pessoas negras registradas com as ferramentas da cultura acadêmica. 

Espaço dedicado a apresentar propostas de transgressões ao currículo acadêmico desenvolvidas na disciplina Intelectuais Negras.

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